Podem até alguns dos nossos visitante pensar, mas o que é que isto tem a ver com o Amarelejense?
Pois é, mas nós pensamos que não poderíamos ficar indiferentes a tão grande tragédia, e esta publicação é se calhar a única forma que temos de nos associarmos à dor, ao sofrimento, à injustiça, que todos os sobreviventes estão a sentir neste momento. Porque os mortos já nada sentem. Que força interior não terão que ter todos aqueles que viram partir, que perderam todos os bens materiais e humanos que tinham, como deve ser duro.
Os que partiram deixam a saudade, a dor, os sonhos, a vida.
Deixamos lhe o testemunho de alguém que passou por esse grande pesadelo.
É nestes momentos, e perante situações como estas, que certas coisas que nós achamos que são problemas graves, são apenas historias ou lições de vida, por vezes úteis mas sempre insignificantes.
Já se fala em mais de 500.000 mortosNa primeira pessoa, o horror durante e após o terramoto
Por Maria Teresa Oliveira
Tara e Troy Livesay são dois norte-americanos que vivem e trabalham no Haiti. No seu blogue, relatam o que aconteceu e o que está a acontecer em Port-au-Prince. Troy está ainda no Twitter
Por Maria Teresa Oliveira
Tara e Troy Livesay são dois norte-americanos que vivem e trabalham no Haiti. No seu blogue, relatam o que aconteceu e o que está a acontecer em Port-au-Prince. Troy está ainda no Twitter
Hoje, foi Tara que contou «a manhã seguinte»:
Quando a terra tremeu, processar o que estava a acontecer demorou muitos segundos. A casa balançava para a frente e para trás de uma forma que nem consigo descrever. Não parecia verdade. Parecia um filme. Objectos caíam por toda a casa. Parecia que o mundo estava a acabar. Não sei porque é que a minha casa ficou em pé e todos os meus filhos estão, neste momento, deitados a dormir nas suas camas. É uma coisa que desafia a lógica e os meus bebés foram poupados quando milhares de outros não o foram».
Milhares de pessoas estão presas. Calcular um número seria como adivinhar quantas gotas de chuva caem no oceano. Vidas preciosas estão por um fio. Não há para onde as levar para serem tratadas quando forem retiradas dos escombros. O Haiti tem um sistema de saúde praticamente inexistente para a sua população».
Não consigo imaginar como serão as próximas semanas e meses. Tenho medo por toda a gente. Nunca na minha vida vi pessoas mais fortes que as do Haiti. Mas tenho medo por eles. Por nós».
O horror apenas começou».
É possível que os noticiários se esqueçam de nós daqui a alguns dias - mas as pessoas continuarão a estar enterradas vivas e a sofrer».
Sim, inúmeras, inúmeras - inúmeras casas, igrejas, hospitais, escolas e lojas colapsaram».
Tara e Troy Livesay relatam ainda que primeiro havia réplicas a cada cinco minutos, que depois passaram para cada dez minutos. E que as ruas estavam cheias de pessoas que dali não saiam com medo de ir para casa.
Milhares de pessoas estão presas. Calcular um número seria como adivinhar quantas gotas de chuva caem no oceano. Vidas preciosas estão por um fio. Não há para onde as levar para serem tratadas quando forem retiradas dos escombros. O Haiti tem um sistema de saúde praticamente inexistente para a sua população».
Não consigo imaginar como serão as próximas semanas e meses. Tenho medo por toda a gente. Nunca na minha vida vi pessoas mais fortes que as do Haiti. Mas tenho medo por eles. Por nós».
O horror apenas começou».
É possível que os noticiários se esqueçam de nós daqui a alguns dias - mas as pessoas continuarão a estar enterradas vivas e a sofrer».
Sim, inúmeras, inúmeras - inúmeras casas, igrejas, hospitais, escolas e lojas colapsaram».
Tara e Troy Livesay relatam ainda que primeiro havia réplicas a cada cinco minutos, que depois passaram para cada dez minutos. E que as ruas estavam cheias de pessoas que dali não saiam com medo de ir para casa.
Os textos, em inglês, podem ser encontrados em:
1 comentário:
Muito nobre a vossa ideia de colocar aqui um pequeno lembrete para a situação do Haiti.
Já agora não me leve a mal ter discordado de si na questão da falta de comparência.
Abr
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