06 junho 2012

RESCALDO DA ÉPOCA DESPORTIVA 2011/2012

                 Vamos hoje fazer um rescaldo do que foi a época desportiva 2011/2012 da equipa sénior do GDA.
                A época começou a ser preparada muito tarde, pois houve um impasse diretivo que durou até final do mês de Agosto.No dia seguinte à eleição o Sr. Presidente António Tereno contactou o treinador da época anterior, Vítor Pires, que de imediato aceitou continuar no cargo.
                No dia 3 de Setembro teve lugar a apresentação da equipa, onde se verificaram as saídas dos seguintes elementos da época transacta: Cucas, Amêndoa, Quim, Óscar, Francisco Neves, Toninho, Patala e Farol. Quanto a Very e Ivo estavam ausentes no estrangeiro em trabalho e não se sabia a data do seu regresso. Very voltou na 4ª jornada e saiu à 19ª voltando novamente a França. Quanto a Ivo regressou a Portugal mas nem chegou a ser inscrito, pois voltou para a Suíça.
               Quanto a entradas elas foram Fradinho, José Belo, Jorge Costa, João Perfeito, Pedro Campos, Hélder Raposo. Em Dezembro seriam inscritos Manuel Cascalhais e Deivid Machado.
              Fazendo uma análise ao plantel verifica-se que era desequilibrado, pois não havia nenhum defesa direito, somente dois defesas centrais, um defesa esquerdo entre outros desequilíbrios. A agravar o estado de coisas um dos jogadores mais influentes do grupo, Márcio Perfeito, estava lesionado havendo sérias dúvidas sobre a sua possível utilização durante a época, felizmente recuperou e recomeçou a jogar à 5ª jornada. Neste período estiveram a treinar 3 ex. juniores do Moura, no entanto por motivos estudantis nenhum ficou no plantel.
              Havia também alguns jogadores que nem sempre estariam presentes nos treinos por motivos de trabalho, nomeadamente Hugo Vale e Rui Monteiro. Também Ricardo Correia não poderia estar sempre presente, pois encontrava-se a estudar em Beja.
             Outro facto muito importante foi os jogos serem disputados ao Sábado o que criou graves problemas para alguns jogadores. João Perfeito, recentemente eleito melhor GR do distrito, não jogou 8 jogos por questões profissionais, a título de curiosidade diga-se que das 5 derrotas do GDA João só esteve presente numa delas.
              Á 5ª jornada o jogador do clube que se encontrava em melhor forma, Nelson Serrano, deixa de jogar, pois foi fazer um curso profissional no qual teria aulas ao Sábado. Em Janeiro Nelson regressa ao grupo, seria no entanto Sol de pouca dura, pois no final do mês vai para a GNR e deixa de poder dar o seu contributo ao grupo. Até final e com muito esforço da sua parte faria mais 2 jogos.
               No dia 12 de Dezembro, no encontro com o Renascente, Tó Carlos lesiona-se com gravidade e terminou ali a sua época.
              Também por questões profissionais em final de Janeiro o único defesa esquerdo do plantel, Tonico, deixa de poder jogar aos Sábados por motivos profissionais, sendo que até final da época realizou com grande esforço 3 jogos. Nesta altura conseguiu-se ir buscar aos juniores Tójó, extremo esquerdo que passou a jogar pelos seniores no lugar de defesa esquerdo.
                Houve ao longo da época alguns jogos críticos, pelas muitas ausências verificadas. Logo à 2ª jornada o GDA desloca-se a Messejana com as ausências de José Carlos, João, Tonico, Nelson Serrano, Rui Monteiro e Márcio. Nesse jogo foram convocados 5 juniores tendo 2 deles sido titulares nos 90 minutos e outro feito 45 minutos.
                Na importante deslocação a Sabóia, uma das melhores equipas do campeonato, só foi possível levar 14 jogadores, sendo 4 deles juniores.
               O cúmulo desta situação teve lugar na 22ª jornada, a 4 jornadas do fim com o GDA em 2º lugar na tabela, quando na deslocação a Pias a equipa apresenta somente 13 jogadores, tendo dois deles chegado ao campo a 20 minutos do início do jogo. Também no último jogo, em casa com o Bairro, as ausências foram tantas que 4 juniores jogaram a titulares.
               Especialmente graves foram as faltas de José Carlos, pois havendo somente 2 defesas centrais era necessário adaptar jogadores na posição. Para se ter uma ideia até o melhor marcador do campeonato, António Fradinho, foi utilizado na posição.
              A juntar a tudo isto houve o abandono do grupo em finais de Fevereiro, por parte de Pedro Campos e Manuel Cascalhais o que enfraqueceu ainda mais a equipa.
             Também as lesões afetaram a equipa, Tó Carlos, um dos mais influentes jogadores quer entro do campo quer fora, terminou a época a 12 de Dezembro devido a grave lesão contraída no campo do Renascente, Márcio começou a época lesionado num ligamento e só na segunda volta esteve ao seu nível. Menos graves mas persistentes foram os casos de José Belo, Pedro Campos e Álvaro que em vários momentos da época estiveram impedidos ou condicionados.
             Apesar de o clube ter uma equipa de juniores só nas últimas 3 jornadas foi possível contar com alguns elementos, pois o seu campeonato terminou nessa altura, a exceção foi Tójó que foi definitivamente integrado nos seniores em Fevereiro, apesar de ser Júnior de primeiro ano.
            Gostaríamos também de esclarecer algumas pessoas que no GDA nenhum jogador recebe um cêntimo que seja, só aqueles que utilizam o seu automóvel nas deslocações para treinos e jogos recebem uma compensação monetária. Também o treinador é recompensado monetariamente, pois por residir em Estremoz em cada deslocação à Amareleja percorre na sua viatura particular 200 kms, dá 800 por semana, 3200 por mês, 32000 por época. De referir que nestas deslocações traz de Reguengos 2 jogadores, Fradinho e José Belo.
           Com todos estes condicionalismos a época podia ter sido melhor na classificação final? Podia, mas também podia ter sido muito pior……
           Um grande abraço a todos os sócios e adeptos do GRUPO DESPORTIVO AMARELEJENSE e até à próxima temporada desportiva.

1 comentário:

Pres. Direção disse...

Os dirigentes do Clube reconhecem as dificuldades que o Mister Vitor Pires teve que contornar talvez em 90% do tempo da longa época desportiva. Problemas profissionais ou melhor, de ausência de soluções profissionais que atiram para longe das raizes, cidadãos que tão só gostavam de trabalhar na sua terra e jogar futebol no seu clube. Mais do que ganhar muitos jogos, dificil foi em muitas ocasiões arranjar equipa. Os dirigentes que acompanharam o dia a dia da equipa Sénior são conscientes dos problemas vividos e solidários com o estado de espirito do treinador. Mas em clubes amadores onde os atletas suam a camisola a troco de algumas minis não será legitimo exigir muito mais!!!! Bem hajam aqueles que deram o melhor durante uma época tão desgastante sem esquecer os atletas juniores. Obrigado